Prosa do Diácono

  O Descanso do Guerreiro... “Capitão”, era assim que o Agenor de Oliveira, que nos deixou na última quarta-feira, chamava o padre. “Pois não capitão, as suas ordens capitão, o senhor é que manda capitão” eram essas suas palavras que sempre dirigia aos sacerdotes que passaram por Votorantim, e que estavam á frente da nossa Igreja Católica. Porém, longe de ser uma ironia, como parecia, era ao contrário, um grande respeito. A palavra de um sacerdote era sagrada para o Sêo Agenor. Por um longo tempo, no exercício do ministério leigo, tive-o como companheiro de missão e um dia, intrigado pelo tratamento que dava aos padres, eu e um outro companheiro o questionamos. E o já saudoso Agenor nos afirmou que, o padre é a pessoa de Cristo, e nada mais justo que ele comande a nossa vida, dando-nos a orientação necessária para sermos bons cristãos. Pessoa muito querida, operário da antiga Fábrica de Cimento, esposo dedicado, pai amoroso com os filhos, membro ativo da extinta comunidade Santa He...

 Guarda-Chuva Imperial  Aquele guarda-chuva era uma verdadeira relíquia. Diziam que era do tempo do Império, havia um desenho de Dom Pedro, no cabo do guarda-chuva, que era de peroba puro. Por isso o “Sêo” Zé da Marva, o trazia a sete chaves, evitava usá-lo e até comprou um guarda-chuva mais barato, na feira, para quando chovesse. Era uma relíquia de família, pertencera ao Bisavô da sua esposa Marvina, que o havia ganho de um parente de um Conde. Havia sido fabricado em Portugal. Mas tal fato nunca fora confirmado sobre a procedência do guarda-chuva, mas pelo sim, pelo não, até uma reportagem sobre ele havia saído em um jornal de grande circulação, onde no retrato do guarda-chuva estava o casal Zé e a esposa Marvina toda orgulhosa. O Manoel Portuga, do armazém de secos e molhados chegara a sugerir que colocassem o guarda-chuva no seguro, pelo seu inestimável valor. Dizem até que um Caixeiro viajante chegou a oferecer um alto valor pelo guarda-chuva, mas na hora de fechar o neg...

 Todos os Santos e Santas -  Domingo 03 de novembro  Sou Santo..., mas sou Feliz  Muita gente pensa, ou imagina, que o santo é um cara chato, alguém que se implica com tudo e com todos, alguém perfeccionista que não admite que, perto dele, alguém faça algo errado. Se isso fosse ser santo, pode ter certeza de que o céu estava vazio. O santo é uma pessoa de bem com a vida, consigo mesmo, com as pessoas e principalmente com Deus. É uma felicidade que não vem das coisas desse mundo, é tão consistente, que a pessoa que tem e busca viver na santidade, é feliz até quando é perseguida por causa de Jesus, e isso está nesse evangelho onde Jesus nos passa uma lista das Bem-aventuranças, ou seja, nos dá uma orientação muito segura e eficaz, para quem quer ser feliz, pois a palavra Bem-aventurado, significa exatamente isso, ser feliz!  O grande problema é que, o diabo, inculcou na cabeça e no coração de muitas pessoas, uma lista para ser feliz, muito diferente dessa que Jesu...